Há um bom tempo me dei conta que a partir do diagnóstico, mais de 90% de minha vida mudou completamente. Novas escolhas, diferentes rotinas, outras maneiras de me relacionar com meu corpo, com as pessoas ao meu redor, as minhas atitudes e maneira de encarar meu dia-a-dia... Esses dias, conversando com um amigo querido sobre todos os grandes presentes que recebi dos desafios que um diagnóstico desses traz, me lembrei de algo tão simples e gigante ao mesmo tempo, que desde 2005 acompanha minhas manhãs. Mais uma vez, me senti a pessoa mais sortuda do mundo pela oportunidade de enxergar a minha realidade com olhos de atenção. Desde que acordei com meu corpo totalmente em parestesia há 10 ano atrás, não existe um dia em que eu desperte sem fazer um "check-list" de cada mínimo pedacinho do meu corpo, e ser grata por cada parte que perfeitamente funciona da maneira que pode. A cada manhã, esfrego meus olhos e agradeço por enxergar perfeitamente com cada um deles, movimento os d...