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Sob o sol

Logo que comecei minhas pesquisas sobre a E.M, lia muitas contra-indicações de calor e exposição ao sol para portadores.

Sou o tipo de pesssoa que fica horas ao sol, amo dias quentes, apesar de não desgostar dos frios, mas sem dúvidas para mim, não existe nada mais motivador do que um céu azul.

No primeiro mês em que estive doente, fui passar uns dias na casa de um conhecido no interior de São Paulo e confesso que tomava sol diariamente. Quanto mais eu esquentava meu corpo, melhor me sentia.

Nunca tive fadiga, formigamentos ou qualquer reação adversa ao tomar sol. Antes que alguém imagine, quero esclarecer que eu não faço tratamento com vit D. Conheço quem faz e é muito feliz com o tratamento, torço pela felicidade e plena recuperação de quem quer que seja, mas este não é especificamente o meu caso.

Resolvi expor aqui minha relação com o sol e os dias quentes, para mostrar que da mesma maneira que um diagnóstico como esse e os sintomas não são iguais para todos, em relação ao sol, eu sou mais um caso que não tem problemas com ele e ao contrário disto, me faz super bem!

Acredito muito que esta é uma luta individual, não temos como padronizar sentimentos, sensações. Para cada processo, existe uma assimilação pessoal.

Muitos de nós quando nos sentimos ameaçados, tendemos a procurar tudo sobre o assunto que nos acomete, a ingressar em grupos de apoio, trocar experiências.
Considero de extrema importância, que possamos nos nutrir de diversas informações a fim de amenizar nossa luta. Mas observo um certo perigo aonde nos tornamos dependentes dos relatos e experiências alheias, para poder construir nossa jornada. 
Ás vezes, nos sugestionamos tanto com o que ouvimos e lemos, que chegamos ao ponto de sentir até mesmo o que não nos pertence.

Vejo em vários sites e grupos pela internet, pessoas se alimentando de lamentos e sofrimento, quando o que mais precisamos nessas horas é parar de reclamar e usar essa energia de dor para dar a volta por cima.

Acolher o próximo, distribuir amor e compaixão é bem diferente de contribuir com o incentivo ao sofrimento.
O que o outro vivência e assimila, é totalmente dele. O que nos pertence e realmente importa é como digerimos e externamos as nossas próprias experiências. 
Somos nós mesmos, com as nossas batalhas e superações, que podemos tomar as rédeas de qualquer situação que enfrentarmos. Ninguém mais.

Se para você tomar banho de cachoeira, dar cambalhotas, pular na cama elástica ou simplesmente se expor ao sol funciona, faz com que se sinta mais disposto, não se apegue aos sintomas dos outros, vá ser feliz!

Dedico parte do meu coração e meu amor ao sol de cada dia.



"Luz do sol
Que a folha traga e traduz
Em verde novo
Em folha, em graça
Em vida, em forca, em Luz..." - Caetano Veloso



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