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Mostrando postagens de novembro, 2014

Ayurveda, um outro ponto de vista

Ontem, li em um texto do site Scientific American Brasil, uma especulação científica de que a esclerose múltipla possa ter o início de seu desenvolvimento no intestino. Como ainda não existe conhecimento absoluto sobre a doença, as pesquisas mantém-se e milhares de tratamentos acabam junto com ela despontando. Há alguns anos atrás, conheci o caso da Laura Pires, uma paciente de EM, autora do blog - Busca da Essência :  http://buscadaessencia.blogspot.com.br , que ao receber o diagnóstico foi para a Índia em busca de cura através de tratamentos com a medicina Ayurvédica. Confesso que toda a jornada dela me encanta do começo ao fim! Existe até um livro com o relato de seu acompanhante da viagem, para quem tiver interesse em conhecer melhor a história, chama-se:  Em Busca da Cura. Este ano, eu tive o privilégio de participar do primeiro curso de nutrição e culinária Ayurvédica que a mesma ministrou aqui em São Paulo e comecei uma nova transformação em minhas rotinas. Já tinha uma i

Madame Plim-Plim: uma linda história sobre duas lindas moças

Hoje o texto vem em forma de amor e homenagem à duas moças muito especiais: uma mamãe a Dorah, portadora de esclerose múltipla há 18 anos, e sua filhota super dedicada, Gislaine. A trajetória dessas duas moças virou um blog-site www.esclerosemultiplavirtual.com.br , que oferece espaço para informação e apoio à portadores e seus famíliares, com o objetivo de espalhar amor e carinho em forma de solidariedade. Dorah passou muitos anos convivendo de forma gradual com a doença, tinha também sequela de isquemia, AVC e já fazia controle para pressão arterial. Como há anos atrás, não existia tanta informação e tratamentos para a esclerose múltipla, progrediu em seu diagnóstico de uma forma mais severa. Uma paciente com poucos recursos e quase nenhuma informação, acabou nunca fazendo tratamentos para a E.M, nem pulsoterapias. No começo usava bengalas, depois muletas, andador, cadeira de rodas e por fim agora, acamada. Com mais necessidade de cuidados, após muito relutar e sofrer, Gislaine

Os primeiros passos de uma recém-diagnosticada

Aos 22 anos de idade, quando recebi o diagnóstico, confesso que foi um dos dias mais esquisitos da minha vida. Em primeiro lugar, eu não fazia idéia do que era esclerose múltipla e depois, meu corpo do pescoço para baixo estava praticamente paralisado, eu tinha sintomas aterrorizantes, como se algo estivesse sugando minha energia vital. Foi a única vez que me lembro de um vácuo ter se formado em minha mente. Eu não pensava em nada, não esboçava nenhuma atitude, eu simplesmente parei. Parei de pensar naquele dia. A minha mãe que foi quem me acompanhou em todo esse processo, se desesperava tanto que eu só conseguia imaginar algo de muito ruim acontecendo mas ao mesmo tempo, meu coração não acompanhava toda aquela sensação de desgraça. Algo me dizia que aquilo não me pertencia. Passado o período de choque, pensei comigo mesma: "bom, estou diante de um super inimigo, então, a única maneira que eu tenho de derrota-lo é conhecendo cada detalhezinho dele" Pois bem, comecei a

A identidade dos sintomas

Nesses nove anos pós-diagnosticada, tive a oportunidade de conhecer diversos pacientes e trocar experiências muito ricas, além de gerar amizades que levarei para toda a vida. Algo que sempre me chamou muito a atenção foi a variedade e disparidade dos sintomas que esse diagnóstico apresenta. Tenho a impressão de que os sintomas carregam com eles uma identidade própria, assim como cada um de nós. Com o tempo, notava que essas sensações estavam diretamente ligadas às minhas rotinas diárias, à maneira como as assimilava e aos estados emocionais que vivenciava. Era como se cada episódio significasse uma "prisão" que eu germinava dentro de mim. Toda vez que passava por situações de stress, sobrecarregadas de emoções muito densas, eu sentia minhas pernas e braços formigarem. Quando angustiada, com medo, quem apareciam eram os tremores internos. As fadigas por exemplo, sempre vieram de forma muito mais mental do que física. Eu ficava com minha mente cansada, sem conseguir me con

Da série: "aquilo que me inspira"

Desde menininha tenho o costume de andar com bloquinhos de anotação para marcar tudo o que me inspira. Minha bolsa vive lotada de guardanapos, papéizinhos, cartões...sou da turma que ainda prefere o papel ao invés dos eletrônicos. Gosto da sensação que o potencial de uma folha em branco me dá! Acredito que devemos transbordar nossos olhos, ouvidos, pensamentos com tudo aquilo que nos inspira. Eu tenho a minha lista de inspirações. Abaixo segue um vídeo que significa tudo isso para mim! Amo tudo que o compõe, a música, a intenção, a letra, as cores, simplesmente uma delícia! Espero que possa iluminar mais ainda nosso dia, Com carinho, Paula.

Algumas histórias de amor

Quem me conhece sabe que passa ano, entra ano, eu sempre arrumo algum esporte novo para minha vida. Nunca consegui ficar parada. Já fiz diversas atividades físicas e mesmo quando estive em fase de reabilitação, nunca deixei de me exercitar. De uns anos para cá eu redescobri o que veio a ser um dos atuais amores da minha vida: a bicicleta! Aos poucos quando meu corpo foi ficando forte, eu resolvi experimentar umas aulas de spinning na academia que frequento e de lá para cá meu amor pela bicicleta só cresce. Lembro como se fosse hoje, do primeiro dia em que fiz uma aula. Escolhi um horário bem vazio, pois achava que nunca conseguiria fazer uma aula completa e tendo menos gente imaginava que o professor não fosse "forçar tanto a barra". Engano puro! Foi pior pois, ele ficava me observando e gritando frases de incentivo a aula toda rsrsrsrs quase morri de vergonha! Resumindo, eu expliquei para ele que não estava acostumada e que preferia fazer no meu ritmo, e no fim, aos po

Silêncio

Muitas vezes aqui no blog, eu falei sobre nossa consciência , e ela é o que eu considero ser o ponto mais importante em todos os aspectos da nossa vida. Aqui nos textos eu à relaciono mais a estados de saúde, bem ou mal estar, mas o desenvolvimento de nossa mente é algo que abrange todos os setores do nosso universo. Ela está ligada ao controle das nossas emoções e com isso diretamente relacionada às nossas atitudes e ao caminho que conduzimos a nossa existência. Com o diagnóstico que recebi em 2005, aprendi que a minha postura diante de cada evento que eu passava era quem definia o que se passava a diante. É uma forma de percepção muito sutil e ao mesmo tempo proporciona atitudes enormes. Perceber-se efetivamente, entender as mensagens que nosso corpo envia, só é possível diante de um relacionamento muito íntimo com nós mesmos . Para que isso seja possível, precisamos construir momentos de silêncio em nosso dia a dia. Isso mesmo, silêncio. Muitos de nós tem uma rotina bem agi

Pânico

Junto com a segunda crise neurológica que tive, acabei desenvolvendo também crises de pânico. Naquela época nada em minha vida pessoal ia muito bem! Os momentos que eu passava tanto em relação aos diagnósticos e tratamento, como nas minhas rotinas diárias, traziam com eles um "pacote" lotado de incertezas e medos. Eu não costumava dividir meus sentimentos com quase ninguém, e naquela época, não tinha realmente ao meu lado muitas pessoas em que pudesse confiar meu coração. Durante anos, eu me cerquei de relações superficiais e algumas até digo que "indiretamente" arriscadas. Eu não era muito boa em fazer escolhas definitivamente. O tempo passava e cada dia eu tinha mais medo do que eu viria a enfrentar. Temia pela minha saúde, pela família que eu achava que havia construído, pelos amigos que eu imaginava que tinha, pelo trabalho que acreditava estar sob controle. Nunca fui alguém que desejou futilidades na vida, confesso que o que no fundo sempre busquei, a