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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Ciclo da morte

Uma das primeiras lições que recebi quando criança é a de que nem tudo dura para sempre. Nós nascemos, vivemos e em certo momento iremos morrer. Confesso que falar sobre a morte em si não é algo muito confortável, uma vez que não gostaria de perder quem eu amo e muito menos ter que deixá-los. No dia em que recebi o diagnóstico, deitada na cama do hospital, meio sem saber ainda sobre o que se tratava e sem ter muita força de raciocínio para isto, percebia que algo dentro de mim morria lentamente. Morria uma Paula, que acreditava ter o real controle sobre a própria vida. Morria a Paula que planejava seus dias e corria para alcançar todos esses sonhos. Morria uma parte da Paula que conhecia alguma coisa sobre a sua existência. Morria uma Paula que acreditava ser invencível. Naquele instante, quando o Dr. entrou no quarto do hospital e confirmou o diagnóstico, aos poucos, sem conseguir pronunciar uma palavra sequer, sem conseguir chorar, sem conseguir praticamente me mexer do pescoço
Mais uma do talentosíssimo: http://fugga.tumblr.com

À todos nós!

Diariamente a vida nos entrega acontecimentos que em sua maioria, não escolhemos conscientemente. Bons ou ruins, eles acabam fazendo parte dos nossos dias e temos que conviver com eles. Existe apenas um fator que pode fazer toda a diferença neste processo, e ele se chama escolha. Somente nós temos o poder de escolher como esses acontecimentos vão ser assimilados em nossa caminhada. Vamos sofrer? Agradecer? Reagir? Desistir? Aceitar? Compartilhar? Lutar?  Uma vez feita a escolha, colheremos os frutos que dela germinarão, lembrando que somente nos conectamos com àquilo que compartilhamos. Uma semana cheia de escolhas conscientes à todos nós!

Hoje, eu escolho a minha saúde.

Na semana passada, algumas pessoas me perguntaram no blog sobre nutrição e EM, se eu já fiz ou faço alguma dieta por conta da EM. Confesso que dieta é uma palavra que me assusta, em primeiro lugar porque eu aaaaaammmooo comer e ter que parar ia me deixar muito triste, e em segundo lugar porque eu acredito que cada organismo é um universo próprio e precisa individualmente de nutrientes para a sua manutenção, portanto, restringir um mesmo grupo de pessoas ao mesmo tipo de alimentação, em minha opinião, pode não ser tão eficiente quanto um olhar mais individualizado à cada pessoa. Digamos que ao longo desses anos eu aprendi a fazer algumas "restrições" alimentares, em meu próprio benefício, conseguindo desta forma diminuir dores, aumentar minha disposição, memória, enfim, abaixo listo algumas destas restrições e novas escolhas que procuro colocar em minhas rotinas de alimentação: Açúcar: na medida do possível, se sinto muita necessidade de comer algum doce, principalmente e

Nós não somos as nossas doenças

Toda vez que nomeamos doenças, ações, sentimentos ou certas situações que acontecem em nossas vidas, nós fazemos com que essas condições tomem uma espécie de vida própria. Nós não somos as nossas doenças, nós possuímos alguns desequilíbrios.  Sempre que repetimos os nomes, sintomas, lamentos de sofrimento, nós os tornamos monstros ainda mais fortes e maiores do que muitas vezes eles realmente deveriam ser. Quando fazemos isso, deixamos de observar o verdadeiro foco que precisamos ter para transformar a situação, que é o do auto-conhecimento, da aceitação.  Não devemos virar nosso olhar para a doença e sim, olhar para as possibilidades que temos pois, são elas que nos impulsionam para frente, que nos ajudam a encontrar aonde a nossa vitalidade foi interrompida. A doença em si, deve ficar em segundo plano.  Precisamos apreciar o que de fato pode fazer a diferença para reverter esses desequilíbrios e devolver o nosso olhar para o que realmente importa, nós mesmos.           

Algumas dicas para Esclerose Múltilpa

Nesses anos todos convivendo com o diagnóstico, tive a oportunidade de desenvolver um relacionamento bem íntimo com meu organismo, e diante de muita observação, várias experiências e experimentos, reuni algumas práticas que me ajudam a manter uma boa qualidade de vida. Como cada organismo reage de um jeito, vale a pena mesmo experimentar, sentir como o corpo reage e aos poucos desenvolver um olhar mais atento ao que nos serve ou não. Sabemos que a EM, é diferente em cada um, e não podemos generalizar sintomas, vivências, prognósticos. Somente um médico especialista poderá acompanhar todo o nosso processo com segurança, mas conhecer as respostas de seu corpo pode ajudar muito a fazer melhores escolhas. 1. Garantir o bom funcionamento do intestino: antes do diagnóstico, me lembro de fases em que meu intestino deixava de funcionar por até uma semana. Como me faltava boa informação a respeito, e o mundo insiste em dizer que mulheres são assim mesmo e isso é normal, acabava por achar q