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Os primeiros resultados

Após a confirmação do exame que indicava um processo inflamatório, o neurologista decidiu que o melhor era que eu fosse internada em um hospital imediatamente para fazer novos exames e enquanto isso, recebesse doses, na veia, de corticóides para diminuir a inflamação que estava em meu sistema nervoso central.
Já no hospital, obtive instruções de como deveriam ser meus próximos dias e o que eu poderia esperar do tratamento.

A administração de corticóides era um paliativo, uma vez que, não se tinha certeza do meu quadro clínico e mesmo que se confirmasse pela esclerose múltipla, a mesma não tem cura, somente esses "suportes" da medicina que na maioria das vezes, nunca sabe de nada com exata certeza. Trata-se o paciente com o mesmo medicamento para diversos tipos de enfermidades.
Naquele momento, eu só conhecia essa maneira de lidar com doenças, não fazia idéia do mundo que existe entre ser saudável, manter-se saudável e ficar debilitado.

Fui submetida a diversos tipos de exames, dentre deles, um que se retira o líquido da medula espinhal (punção lombar) para ser examinado, podendo deixar o paciente em más condições caso a pessoa que executa o exame, aplique a agulha de maneira incorreta. Meu desespero era tanto em descobrir o que devastava meu corpo naquele momento, que aceitei fazer o exame mesmo sem anestesia, a fim de descobrir logo o que se passava.

Estes são os momentos em que descobrimos o tamanho da força que temos dentro de nós e nem imaginaríamos ter e, eu confesso, não me lembrar de ter sentido qualquer dor no momento deste exame.

A força de nossa mente é direcionada sempre para o que nos mais importa, então se a dor é irrelevante diante do problema que se enfrenta, ela passa despercebida. Nós temos o poder de decidir até mesmo o que sentir.

Os resultados que saíram dos exames, diante do meu quadro clínico, obviamente não eram nada confortantes. Estava em frente a um problema gravíssimo de saúde que eu, meus familiares e até mesmo os médicos desconheciam. Ninguém conseguia me direcionar para lugar algum, não sabiam de onde vinha, o que eu tinha, porque, quanto tempo eu levaria para voltar ao normal e se eu realmente sairia da situação sem sequelas. Foi a sensação mais perturbadora que eu conheci, até alí!
Uma pessoa "invencível", "perfeita", que "não errava nunca", sendo freada pela própria vida.


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