Quatro eternos dias de internação se fecharam com meu retorno para casa. Aliviada em ver meus móveis, deitar no meu lençol e rever o cachorro, que na época era um bebê cãozinho de apenas 6 meses. Pequenas funções como caminhar sem ajuda, colocar uma havaianas nos pés, segurar um garfo, eram tão desafiadoras quanto acreditar que tudo aquilo estivesse acontecendo.
Este foi o momento aonde eu comecei a escolher o que hoje vivo. Eu tinha um desafio imenso pela frente, que não dizia respeito somente à minha reabilitação, mas como e o que fazer para que eu não voltasse a ter surtos que prejudicassem meu corpo.
No primeiro dia em que pisei em minha casa, consegui caminhar sem auxílio até a área de serviço para pegar o pote de água do meu cachorro (José), que dormia em meu quarto. O potinho parecia pesar o equivalente a uma bigorna de 10kg e, quando consegui por fim carregá-lo até lá, isso não durou 10 segundos e eu o derrubei com toda a água pelo quarto.
Foi aí que eu decidi que ninguém e nem nada neste mundo ia me impedir de fazer o que quer que fosse. Afinal de contas, eu não era só invencível, não é mesmo? Eu era a melhor das invencíveis.
Precisamos conhecer muito bem nossos inimigos antes de tentar combatê-los! Comecei então, a estudar tudo o que existia de referência e possibilidades para que eu me recuperasse efetivamente.
Demorei cerca de um mês para retomar os meus movimentos. Minha vida voltava, sob os cuidados de minha mãe, de quem eu "fugi" para me libertar anos atrás. Sem ela, aqueles momentos seriam não somente mais difíceis, como muito solitários também.
Frasezinha clichê: nessas horas você realmente descobre quem está ao seu lado. E isso é uma grande verdade. Amigos mesmo, assim como a vida, são raros!
Enquanto estava na balada, bebendo, fumando, me drogando, agindo como uma descompensada, chovia gente perto de mim.
Isso é ótimo, seleciona as pessoas, os caráteres, limpa nossa caminhada, e hoje eu agradeço!
As recomendações médicas? Descanse, fique ao lado de quem ama, não se estresse, pratique yôga e tenha fé! Ele não tinha nada mais a declarar.
Este foi o momento aonde eu comecei a escolher o que hoje vivo. Eu tinha um desafio imenso pela frente, que não dizia respeito somente à minha reabilitação, mas como e o que fazer para que eu não voltasse a ter surtos que prejudicassem meu corpo.
No primeiro dia em que pisei em minha casa, consegui caminhar sem auxílio até a área de serviço para pegar o pote de água do meu cachorro (José), que dormia em meu quarto. O potinho parecia pesar o equivalente a uma bigorna de 10kg e, quando consegui por fim carregá-lo até lá, isso não durou 10 segundos e eu o derrubei com toda a água pelo quarto.
Foi aí que eu decidi que ninguém e nem nada neste mundo ia me impedir de fazer o que quer que fosse. Afinal de contas, eu não era só invencível, não é mesmo? Eu era a melhor das invencíveis.
Precisamos conhecer muito bem nossos inimigos antes de tentar combatê-los! Comecei então, a estudar tudo o que existia de referência e possibilidades para que eu me recuperasse efetivamente.
Demorei cerca de um mês para retomar os meus movimentos. Minha vida voltava, sob os cuidados de minha mãe, de quem eu "fugi" para me libertar anos atrás. Sem ela, aqueles momentos seriam não somente mais difíceis, como muito solitários também.
Frasezinha clichê: nessas horas você realmente descobre quem está ao seu lado. E isso é uma grande verdade. Amigos mesmo, assim como a vida, são raros!
Enquanto estava na balada, bebendo, fumando, me drogando, agindo como uma descompensada, chovia gente perto de mim.
Isso é ótimo, seleciona as pessoas, os caráteres, limpa nossa caminhada, e hoje eu agradeço!
As recomendações médicas? Descanse, fique ao lado de quem ama, não se estresse, pratique yôga e tenha fé! Ele não tinha nada mais a declarar.
Paula querida. Que choque ler tudo isso sobre você e lembrar que te conheci, talvez, nesse período, sem nem imaginar toda essa batalha. O engraçado é que sempre que me lembro de você, da primeira vez que visitou minha casa, você sempre teve essa roupa visível/invisível de guerreira. Invencível ou não, acredito que sua alma foi marcada com algo que não é pra qualquer um. Não sei bem o que, mas sei que uma cobertura bem maior sempre esteve sobre você. Ainda que pela dor, na desesperança desse mundo que nos prega peça a torto e direito, a descoberta do real valor da vida vem em meio ao que nos parece becos sem saída. Mas cá entre nós sabemos que diante da Vida que vivemos e do Deus que cremos os becos só nos servem de impulso pra voar.
ResponderExcluirÉ verdade Rô, obrigada por permanecer em minha vida, beijo enorme.
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