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Somos nós quem escrevemos o fim dessa história!

Na semana passada ouvi de um homem que respeito muito por sua sabedoria, a seguinte frase:

"Não é suficiente sofrer na vida, se a pessoa não mudar a consciência, vai continuar sofrendo. O sofrimento não paga o direito ao crescimento, somente a consciência paga."

Algumas vezes, me deparei com essa questão e quando me dei conta disso pela primeira vez, estava dentro do banheiro do meu ex-apartamento, tomando banho e notando que um dos meus pés começava a sentir o chão quente e o outro gelado.
Naquele momento, a vida precisou me paralisar "li-te-ral-men-te" pela segunda vez, para que eu me desse conta do quão essa questão é real e na maioria dos casos não percebemos e a deixamos passar.

Todos nós de alguma maneira sofremos. Esse é mais um tipo de sentimento impossível de se classificar, medir. Ninguém mora dentro do coração de ninguém e só cada um de nós sabe de si próprio.

A questão que aquele homem expôs, é que independente do tamanho, modo, circunstância do sofrimento, se através dele, nós não formos capazes de transformar a nossa consciência, quebrando paradigmas, mudando nosso comportamento, agindo de maneira diferente da que estamos acostumados, ele apenas nos serviu de experiência.
As situações de sofrimento vão continuar aparecendo cada vez mais e mais para nos impulsionar à essa transformação. Pode ser que ela não volte da mesma maneira, no mesmo cenário, mas ela vai voltar como oportunidade de corrigirmos àquele comportamento que não transformamos.
Quando especificamente àquele padrão de comportamento que tínhamos se transforma, deixa de ser como antes, àquele sofrimento é diluído junto.

Uma amiga disse uma frase esses dias que ilustra bem essa dinâmica: "a compreensão da dor é a sua própria dissolução".
Ao compreender, a nível de raiz, profundamente o que nos faz repetidas vezes na vida encarar certos sofrimentos, automaticamente colocamos um olhar diferente em nossos padrões e começamos uma verdadeira transformação, capaz de sanar o mal.
Esse sanar, pode não significar o fim de toda situação adversa, mas o fim de um olhar adverso. Fim de uma cegueira que não transforma e não nos deixa perceber que tudo existe por um propósito e que ao nos darmos conta disso não limitamos mais o nosso crescimento. Fim de um olhar vazio, que nos impede de viver um dos sentimentos que mais nos impulsiona na vida, a gratidão.

Outra frase que mostra bem o como tudo isso funciona: "insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes"

Um bom exemplo é quando nos deparamos com alguma situação que nos incomoda, e a todo preço fugimos dela. Em algum momento, de alguma forma, se repararmos bem, ela volta. Talvez não com os mesmos personagens, nem no mesmo lugar, mas a essência da situação, o lugar dentro de nós aonde ela nos possibilitaria transformar, é exatamente o mesmo.

Se em nossa vida pessoal, nos deparamos com alguma situação, pessoa que nos incomoda, devemos aproveitar, pois é exatamente aonde a "corda aperta" que temos coisas para corrigir em nosso comportamento.

Parece loucura pensar que possamos estar errados na maioria dos casos, mas o que tenho aprendido com a vida, por experiência própria é que exatamente àquilo que me incomoda em alguém ou em alguma situação é o que eu preciso mudar em meu próprio comportamento, em minha própria vida. É difícil se observar por esse ângulo, mas confesso que tem sido libertador.

Quando na semana passada, ouvi novamente que todo o sofrimento não era o suficiente para que eu tivesse aprendido, parei para refletir em quantos padrões de comportamento que um dia me levaram à por exemplo ter crises de EM, e que ainda repito? Quantas atitudes, sentimentos que não me servem eu ainda alimento, e que não vão me levar à lugar de crescimento algum?

Deu um enorme frio na barriga pensar que vivo me distraindo com peças que não me servem e que acabo juntando por estar distraída pela vida.
Não é fácil viver sempre em disciplina e constância, apesar de saber que isto me mantém em melhores condições.

Realizei quantos padrões de comportamento me levam à sofrimentos e eu, permito que isso aconteça pelo simples acomodamento das rotinas do dia a dia, das conveniências.

Se todo o sofrimento que passei na primeira crise de EM que me paralisou do pescoço para baixo tivesse transformado efetivamente algo dentro de mim, a nível de raiz, transformado a minha consciência para padrões de comportamento que eu não deveria mais utilizar, talvez a minha segunda experiência pudesse ter sido mais branda. O sofrimento poderia ter sido menor, talvez.

Acredito fortemente em cada palavra que a frase daquele homem sentencia, pois sei que muito da minha realidade é resposta do livre arbítrio de minhas escolhas e que cada vez que escolhi conscientemente me transformar, independente de sofrimento ou felicidade eu mudei completamente a minha realidade.

Pensando então racionalmente, seríamos nós os responsáveis direta e indiretamente pela escolha do curso e fim de nossa história.

Para terminar e deixar essa reflexão para nossa semana, uma frase do Humberto Maturana, outra que me faz muito sentido:

" Tudo muda e evolui em redor daquilo que escolhemos conservar"

Uma semana cheia de inspiração, atenção e verdadeiras transformações para nós todos! Beijos!




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