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Hoje, eu escolho a minha saúde.

Na semana passada, algumas pessoas me perguntaram no blog sobre nutrição e EM, se eu já fiz ou faço alguma dieta por conta da EM. Confesso que dieta é uma palavra que me assusta, em primeiro lugar porque eu aaaaaammmooo comer e ter que parar ia me deixar muito triste, e em segundo lugar porque eu acredito que cada organismo é um universo próprio e precisa individualmente de nutrientes para a sua manutenção, portanto, restringir um mesmo grupo de pessoas ao mesmo tipo de alimentação, em minha opinião, pode não ser tão eficiente quanto um olhar mais individualizado à cada pessoa.

Digamos que ao longo desses anos eu aprendi a fazer algumas "restrições" alimentares, em meu próprio benefício, conseguindo desta forma diminuir dores, aumentar minha disposição, memória, enfim, abaixo listo algumas destas restrições e novas escolhas que procuro colocar em minhas rotinas de alimentação:

Açúcar: na medida do possível, se sinto muita necessidade de comer algum doce, principalmente em épocas da famosa TPM, procuro utilizar o açúcar Demerara, Mascavo ou mel frio, para adoçar meu dia :) obviamente que quando tenho muita vontade como um chocolate, mas procuro evitar ao máximo. Ao restringir a ingestão do açúcar branco refinado, notei que por incrível que possa parecer, meus momentos de baixo-altral, tristeza diminuíram muito! Antigamente, cada vez que eu ingeria muita quantidade de açúcar, passado o efeito, eu ficava triste, depressiva e querendo comer cada vez mais. Agora, eu tenho menos vontade de ingerir doces, me sinto bem mais alegre, disposta e de quebra alguns bons quilos mais magra.

Leite: eu amo leite, sempre fui uma "bezerra", ao ponto de preferir tomar leite ao invés de água nos dias de muito calor! Com o tempo, percebi que a digestão do leite era mais lenta, que de alguma forma ele demorava demais a ser processado em meu organismo, me deixando também menos ágil e indisposta. Minhas articulações mais fracas, e meu corpo menos flexível. Cheguei a fazer testes para descobrir se tinha intolerância à lactose, mas deu negativo. Decidi então reduzir o leite animal de minha dieta e aos poucos substituir pelo leite vegetal, feito em casa (não o industrializado), e definitivamente minhas articulações são outras! Meu corpo é muito mais flexível, tenho pouquíssima rigidez muscular e a melhor das notícias é que as dores articulares que me incomodavam demais diminuíram consideravelmente ao ponto de passar meses sem sentir nada! As opções de leite vegetal são riquíssimas e uma delícia, vale a pena experimentar, seguem dois links com receitas, uma que eu faço e outras de um site bem bacana:
http://esobreviver.blogspot.com.br/2014/10/nutrindo.html
http://www.casajaya.com.br/boa-noticia-voce-pode-obter-leite-fresco-gostoso-e-nutritivo-a-partir-de-diversos-graos-e-sementes/
E se for optar pelo leite animal, opte pelo leite retirado diretamente da vaca, do animal, pois os de caixinha, nem sequer podemos chamar de leite, devido à quantidade de aditivos químicos que são acrescentados, que mais nos intoxicam do que nos alimentam.

Proteína animal: quando recebi o diagnóstico em 2005 com a prática do Yôga, aprendi a ter um olhar um pouco diferente sobre a ingestão de carne animal, sobre o que isto representava para o meu organismo e para o mundo. Desde então, me tornei vegetariana e posso dizer que os benefícios são incontáveis. Um dos mais importantes deles, é que precisei colocar mais atenção ao que comia para não deixar de ingerir certas vitaminas e isso, fez com que hoje os pratos de minhas refeições sejam cheios de cores, sabores e nutrientes que eu antes não dava atenção.
De modo geral muitas pessoas se alimentam de maneira "vazia", quase sem se nutrir. Acreditam que basta simplesmente comer "arroz, feijão e bife" e que assim estão facilitando sua rotina. A falta da ingestão de bons e vivos alimentos com certeza é responsável pela má manutenção da nossa saúde. Nós definitivamente somos o que comemos. Hoje em minhas refeições não faltam diversos tipos de verduras, legumes, brotos, grãos, favas, sem excessão, todos os dias! Deixar de comer carne é uma opção que faço por conta própria e sob um atento cuidado à minha alimentação. Se alguém tiver interesse, me encaminhe o e-mail que envio um link informativo sobre as consequências do consumo da proteína animal.

Grãos: devido ao fato de não ingerir carne animal, e ter diminuído significativamente a proteína do leite, apesar de não deixar de consumir queijos e iogurte às vezes, os grãos fazem um papel muito importante em minha dieta, porém, alguns deles me causam má digestão e gases, dependendo do tipo e do preparo. Hoje eu dou preferência às lentilhas e feijão moyashi que é um feijãozinho verdinho bem pequeno, e procuro não usar pressão em nenhuma hipótese. Se eu só tiver em casa outros tipos de feijão como o fradinho ou branco, deixo de molho de um dia para o outro, dispenso a água e deixo cozinhar na panela (sem pressão). Assim eu evito os gases e posso aproveitar todos os ricos nutrientes que eles tem!

Lanches entre as refeições: se tem uma coisa que eu tenho nesta vida é fome! Parece que existe um buraco na minha barriga que não tem fundo. Eu como e sempre estou com fome, mas como pretendo me manter longe de gordurinhas indesejadas, principalmente pela minha vitalidade e disposição, procuro escolher lanches entre as refeições que possam me nutrir mais do que simplesmente matar minha fome. A melhor opção é sempre uma fruta ou suco (natural), mas na falta deles, tomo um iogurte diluído em um pouco de água, algumas (poucas) castanhas, damasco ou ameixa seca hidratados em água, leite de amêndoas com especiarias. Produtos industrializados como barrinhas de cereais, bolachas, nem pensar! Só servem para intoxicar o nosso corpo! P.s: quando falo em iogurte, é o 100% integral, sem frutas, ou qualquer outro aditivo que não o fermento lácteo.

Chás: os chás (naturais, não os industrializados) tem um papel super presente no meu dia-a-dia, eu amo chá e consumo após as refeições e entre uma e outra. Antes de dormir acalma, melhora o sono e estados de ansiedade, stress. Auxilia a digestão evitando dor de estômago, gases e constipação. Ajuda de certa forma a hidratar o corpo. O principal benefício que tenho com os chás é a diminuição da má digestão de alguns alimentos. Quando sinto alguma acidez ou azia, tomo um chá rapidinho e ajuda muito! Eu costumava ficar muito enjoada na manhã seguinte que tomava o Avonex, com o tempo comecei a logo que levanto da cama, a preparar um chá de erva-doce, e tomar antes mesmo do café da manhã. Isso, evita com que eu passe o dia com dor de estômago provocada pelo medicamento.

Bebidas alcoólicas: antes de receber o diagnóstico confesso que sempre tive o corpo muito resistente às bebidas alcoólicas, gostava bastante de beber, ainda gosto, porém com moderação. Se tenho vontade de tomar uma cerveja às vezes, não me privo, mas confesso que meu corpo atualmente é bem fraco para bebidas. A desidratação que promove ao meu sistema não compensa as taças que eu tomaria no dia anterior. Hoje em dia, são raros os momentos que eu bebo em excesso. Uma taça, um copo, já estão de bom tamanho! Não fico inchada, não lembro mais o que é ter ressaca, minha pele permanece limpa, não tenho dores de cabeça ou olheiras, enfim, prefiro continuar longe do excesso de álcool o máximo que me for possível, e se eu puder escolher, continuarei longe dele! ;)

Farinhas: devido ao imenso teor de substâncias tóxicas que a farinha branca possui, procuro ingerir produtos 100% integrais sempre que possível. Além do que, associados a uma boa hidratação esses grãos integrais são uma excelente fonte de fibras que regulam nosso intestino e mantém o bom funcionamento das células. Procuro não misturar vários tipos de grãos para não dificultar a digestão e opto por produtos que utilizam farinha 100% integral. Segue um link com algumas informações a respeito da farinha branca: http://www.belagil.com/blog/2014/3/2/sn7tipxqgsckmp5j1blwhc8sktrno1

Gorduras: de modo geral, como minha alimentação é a base de verduras, legumes e grãos, não tenho o costume de consumir alimentos gordurosos e fritos! Opto sempre pelos cozidos e assados. Desde que me tornei vegetariana, a quantidade de alimentos fritos de certa forma sumiram da minha dieta, hoje em dia os alimentos com maior teor de gordura que consumo são os à base de laticínios. Sempre com muita moderação e com intervalos de dias.

Abaixo seguem algumas recomendações que aprendi sobre as rotinas de alimentação:

- Devemos comer apenas quando temos fome e não quando temos vontade de comer. Ter fome, é sentir o estômago "roncando". Muitas vezes comemos para satisfazer sentimentos como ansiedade, medo, raiva!
- Procurar não comer em excesso nas refeições, apenas o suficiente para "matar" a fome.
- Não ingerir líquidos durante as refeições como água ou sucos, optar por chás após as refeições.
- Mesmo em dias muito quentes, não beber líquidos muito gelados, procurar consumi-los em temperatura ambiente.
- Retirar da dieta alimentos gordurosos de difícil digestão, e também os excessivamente light, com baixíssimo índice de nutrientes.
- Evitar fazer "lanches vazios" entre as refeições, como balas, biscoitos, salgadinhos. Se sentir fome optar sempre por frutas.
- Trocar o supermercado pela feira!
- Procurar perceber como o corpo reage a certos tipos de alimentos, buscar o auto-conhecimento.
- Optar por alimentos orgânicos e de produtores locais sempre que possível.

Bom amigos, esses são alguns hábitos que coloco no meu dia-a-dia e que me mantém super disposta, com o organismo forte e sem fortíssimas complicações por conta da E.M. Espero que de alguma forma possa ajudar a inspirar um olhar mais consciente em relação à nossa alimentação.
Lembrando que o ideal é sempre ter um profissional responsável pela nossa nutrição e manutenção do nosso organismo.

Faça o possível para prestar mais atenção no que seu corpo tem a te dizer. Ele sempre tem!

Beijos!




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